A grande paixão de Wang-Fô é pintar e isso não se resume a agarrar num pincel e esborratar numa tela aquilo que se vê. Isto que eu acabei de dizer é a visão do Imperador perante um quadro, mas não é a do velho Wang nem a de nenhum outro grande pintor.
Um verdadeiro pintor observa, altera, imagina e cria.
É isto que faz os quadros de Wang-Fô serem tão belos e tão apreciados, Wang-Fô foi envelhecendo a pintar assim e não sabe, nem quer saber, pintar de outra maneira, pois se ele pintasse tudo aquilo que via e como via, os quadros não seriam diferentes nem a sua mensagem tão especifica.
Wang-Fô não é culpado da infância triste do Imperador, pois não foi ele que o trancou num quarto do qual não podia sair.
E assim, declaro o velho pintor Wang-Fô inocente da acusação que recaía sobre ele.
Cristiana Garoto 7.º D
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