ilustração de Oliver Jeffers

30/11/09

O Rapaz do Pijama às Riscas, John Boyne

Este livro é sobre um menino, de nove anos, lutando para perceber o que acontece à sua volta em Auschuitz*, durante a 2ª Guerra Mundial. A personagem principal, Bruno, é o filho de um comandante de campos de concentração de judeus. Ele tem uma irmã mais velha, a Gretel (apelidada “uma caso perdido”). Moravam numa mansão com cinco andares, até que subitamente se mudam para “Acho-Vil” (na realidade, Auschwitz). Bruno fica indignado com a decisão de seu pai, e, passa o tempo no seu novo quarto, sem ninguém com quem brincar. Ficou também incomodado com o facto de que a sua casa tem três andares, ao contrário da mansão de onde vivia, antes, com cinco andares. Bruno achava que a nova casa não tinha “cantinhos” para ser explorados. Também sente falta de escorregar pelo corrimão das escadas da sua antiga casa.

Da janela de seu quarto, Bruno descobre que, atrás de uma cerca, vivem pessoas vestidas, cada uma com um “pijamas às riscas”. Eles são os judeus, e estão num campo de concentração, situação que o menino desconhece.



Entre tédio e confusão, ele interroga-se sobre o que estava a acontecer em Acho--Vil e por que é que as pessoas do outro lado da cerca estavam todas vestidas com um pijama às riscas. Bruno, explorando o seu quintal, um dia foi mais longe, então conhece um judeu de sua idade, Shmuel. Eles viam-se todos os dias à tarde, e ficavam horas seguidas a falar (às vezes também jogavam xadrez). Bruno sempre achou que do outro lado da cerca, dentro do campo de concentração havia crianças livres, com quem poderia brincar, mas com o passar do tempo, ele começa a aperceber-se que a realidade não è essa.

O final da história é inesperado, mas se o quiserem saber terão de ler o livro, pois fico por aqui.

*- Auschuitz é o nome de um grupo de campos de concentração localizados no sul da Polónia.
 
 
Diana Mícu, 7.º D

Uma aventura no mar

Um dia, estava no Caribean´s Bar, quando um navio gigante entra no porto da Cidade. Era o barco do Capitão Blood!

Saímos do bar, e fomos ver.
-Damos um mês para saírem da Cidade, pois nós vamos cercá-la e pilhá-la, caso contrário será destruída, disse o Capitão Blood.
Como valente pirata que era, persegui o Capitão Blood, que agora tinha ido à procura de um tesouro perdido algures no Oceano.

Até que entrámos no Mar do Inferno, diziam as lendas, que nesse mar não havia água, mas sim sangue, devido aos Monstros Marinhos.
De repente, vimos algo a voar! Eram Harpias, com os seus cantos melodiosos, despistavam os barcos contra os rochedos bem afiados.
-Capitão, olhe! Gritou um dos meus homens.
Enquanto os meus homens disparavam para as Harpias, apareceu um monstro gigante, com 3 cabeças, 6 tentáculos gigantes, uma cauda gigantesca, uns dentes afiadíssimos e uns 50 metros! Era o Triturador!
-Disparar canhões! Gritei.
-BAUM! BAUM! BAUM!
Passado uma hora, o Triturador morrera.
Quando saímos do Mar do Inferno, fomos ter à Ilha da Paz, habitada por uma tribo de índios, cujo chefe era Khwplytawonyhi, e era aí que estava o tesouro.
Metemo-nos entre o mato, até que encontrámos uma aldeia! Era uma aldeia dos Índios! Não era a principal, a Vila da Sorte, onde vivia o chefe Khwplytawonyhi, não, era uma pequena aldeola, mas algo de estranho se passava.
A aldeia estava destruída! Percebemos logo o autor: Capitão Blood, que a tinha destruído para buscar o tesouro. Mas este não estava ali, portanto…
-Ah! Ah! Socorro!
De repente, encontrámo-nos cercados pelos homens de Khwplytawonyhi, e este vem falar comigo:
-Vocês são os companheiros do pirata que destruiu uma das nossas aldeias?
-Não! Viemos matá-lo, disse eu.
-Eles estão a mentir!
Agora estávamos prestes a ir para a fogueira, quando…
- A Tribo dos Uluhxokhu vem atacar-nos!
Libertaram-nos e matámo-los.
-Obrigado, têm que ir para a Vila da Sorte! Disse o chefe da tribo.
Pelo caminho, vimos o Capitão Blood.
- Matem-nos! -disse.
Enquanto lutávamos, o Capitão Blood fugiu.
O Capitão Blood foi ter à Vila da Sorte e entrou no Templo do Deus Khabwu.
-O tesouro! - Disse o Capitão Blood.
O Capitão Blood voltou a fugir, mas não levou o tesouro. Abrimos a caixa e tinha uma bomba. Era mentira.
-BAUM!
Fugimos da explosão, e fomos até à praia.
Lá estava o Capitão Blood a desenterrar o tesouro. Dei-lhe um tiro e ele cai, ferido.
-Vamos levá-lo, disse eu.
Saímos da Ilha da Paz e fomos para a Cidade.
A Marinha prendeu o Capitão Blood, mas a minha vida mudou com o tesouro.
Agora era rico!

Pedro Cristo, 7.º A

23/11/09

O Corrector no Pequeno Reino de Girovam

Esta lenda aconteceu há muitos, muitos anos, no reino de Girovan, um pequeno reino onde todas as pessoas se davam bem e adoravam o seu rei, o rei Gedeão. O rei Gedeão era um rei muito baixo e gordo, mas era muito charmoso; todas as pessoas concordavam sempre com ele e achavam que ele governava muito bem.
Um dia, o rei chamou o seu conselheiro, pois andava preocupado com os habitantes do reino; ele achava que as pessoas andavam a trabalhar demais e não tinham tempo para se distraírem e conviverem umas com as outras. Pediu então ao conselheiro que lhe trouxesse caneta e papel real e escreveu:

A partir desta data, todas as pessoas do reino de Girova, deverão falar ao sétimo dia da semana, e esta ordem é para todos os habitantes do reino, novos e velhos, homens ou mulheres.

Rei Gedeão

Mas o que ninguém sabia é que o rei se enganou ao escrever a carta, e em vez de escrever “folgar” escreveu “falar”.
Como todas as pessoas gostavam muito do rei, assim fizeram, por mais que achassem estranho. Passado algum tempo as pessoas já não conseguiam estar no reino, pois o barulho já se tornava insuportável. Tal como o rei tinha ordenado, ao sétimo dia da semana desatavam a falar desde que se levantavam até que se deitavam.
Quando o rei se apercebeu que se tinha enganado ao escrever a carta… já era tarde demais, já não podia fazer nada. No reino de Girovam, uma ordem escrita pelo rei era para sempre, e ninguém sabia o que fazer.
Ao sétimo dia da primeira semana de Março, após mais de seis meses do rei ter dado a ordem, passou por Girovam um cavaleiro muito alto e bonito, montado no seu cavalo negro. Quando o cavaleiro percebeu que ninguém se calava, todos falavam ao mesmo tempo sem sequer fazerem pausa, quis perceber o que se passava. Foi então que lhe contaram do erro ortográfico do rei. O cavaleiro riu-se e disse que tinha a solução para o problema deles. Mandou chamar o rei e pediu-lhe que trouxesse o documento que ele tinha escrito.
Já na presença do rei, e da carta por ele escrita, o cavaleiro, num gesto rápido, tira do bolso…um corrector, e num só gesto apaga a palavra "falar", o rei apressa-se a escrever por cima "folgar" e tudo voltou à normalidade no calmo e silencioso reino de Girovam.
Desde esse dia que o corrector é o símbolo da bandeira do reino de Girovam.
Isto só prova a importância do corrector, não só no reino de Girovam, mas como também em todo o mundo.

Margarida Miranda, 7.ºA

20/11/09

Uma história bem estranha

Estava pronto para ir a mais uma viagem... Desta vez à Ilha da Páscoa, no Pacífico. Estava tudo bem e até me parecia que iria ser uma história fascinante para fazer inveja aos meus amigos...
A viagem acabara de começar e já me estava a sentir enjoado. Tinha tendência a enjoar e nunca fui grande fã de andar de barco, mas gostava de ter os cabelos ao vento! Fui explorar o barco, conhecer as pessoas que lá trabalhavam, depois decidi ir ao meu quarto... J-83, pensava que a minha mãe ainda lá estava, mas afinal já tinha ido à reunião de pais... Deixou-me um bilhete, “Fui à reunião, deixei-te um lanche. Mãe”, que querida! Arrumei as minhas coisas, mas deixei a régua e o relógio no meu bolso.
Fui conhecer o capitão do navio. Parecia o Capitão Igloo, mas chamava-se Felicidade e era um pouco maluco. Decidi apanhar um pouco de ar e lembrei-me que tinha um lanche no bolso; quando me dobrei para o apanhar, caí borda fora! Tentei chamar alguém, mas estavam todos na maldita reunião (todos excepto o capitão!)...
Nadei até uma ilha, encontrei uma criaturinhas engraçadas, mas estava com tanto sono que adormeci... Quando acordei, estavam elas reunidas e sentadas para me ouvir (?) e eu num palco. Pediram-me que eu contasse uma piada... E eu lembrei-me e disse:
– “Porque é que o Joãozinho atirou o relógio pela janela?”
Eles não souberam responder...
Eu disse:
– “Para ver o tempo voar!”
Foi aí que acordei! Foi tudo um sonho!


João Ramos, 7.º B (texto e imagem)


nota: texto motivado pela leitura de "História da Baleia", in Na Terra e no Mar, António Sérgio; Livraria Sá da Costa, 1995